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Brasil x Espanha: confira o histórico das seleções nos Jogos Olímpicos

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Brasil e Espanha, que decidem o ouro do futebol masculino nos Jogos Olímpicos de Tóquio, no próximo sábado (7), a partir das 8h30, no estádio de Yokohama, têm muito mais similaridades em sua história no torneio do que se imagina. Ambas em busca da segunda medalha dourada, as duas seleções amargam decepções com ótimas gerações e topo do pódio em casa.

Mas não para por aí. Até a cor de medalha foi alterada de última hora. Por isso, a equipe do Futeboleiros resolveu contar um pouco do retrospecto de cada uma das duas nações, em pura sessão nostalgia.

Lembrando, também, que produzimos um preview especial sobre o jogão de sábado clicando aqui no artigo sobre a final Brasil x Espanha nas Olimpíadas.

Futebol masculino da Espanha nos Jogos Olímpicos

Começamos o tour pela Espanha, primeira entre as duas seleções a participar do futebol masculino nos Jogos Olímpicos, na Antuérpia, em 1920. E logo em sua estréia, os ibéricos conquistaram uma medalha, essa com um toque curioso de polêmica.

Naquela época, a disputa pelo bronze era feita num “torneio de consolação”, entre todos os eliminados. Eliminada ainda nas quartas, pelos anfitriões, belgas, a Espanha, que tinha o eterno Zamora no gol, se reergueu e bateu Suécia, Itália e Holanda, na sequência, para ficar com o bronze.

Porém, a cor da medalha mudou para prata, uma vez que a Checoslováquia abandonou a final olímpica aos 43 minutos de jogo (o que resultou em desclassificação do torneio) após sentir-se prejudicada pela arbitragem, afirmando que eles estavam tendenciosos a ajudar os donos da casa, que venciam por 2 a 0. O bronze, por sua vez, foi herdado pela Holanda.

Após frustrações que se alternavam entre campanhas pífias e sequer classificações para os Jogos Olímpicos, a Espanha voltou a fazer bonito em 1992, em Barcelona. Com uma forte equipe, comandada por jogadores de renome como Guardiola, Soler, Alfonso, Luís Enrique, Ferrer, Abelardo e Kiko, a Fúria não tomou conhecimento dos adversários e fez seu poder de anfitriã a levar para o inédito ouro ao bater a Polônia, de virada, por 3 a 2.

Entretanto, em Sidney’00, a prata teve um gosto mais amargo do que outrora. Novamente com uma geração forte, que tinha nomes como Xavi, Puyol, Angulo e Capdevilla, a Espanha chegou à final para enfrentar Camarões. Entretanto, os africanos, comandados por Samuel Eto’o, levaram a melhor na disputa dos pênaltis, após empate por 2 a 2 no tempo normal da decisão.

Futebol masculino do Brasil nos Jogos Olímpicos

Ao menos com a prata garantida no sábado, o Brasil é o país que mais faturou medalhas no futebol masculino: são sete no total. Porém, o tão sonhado ouro só veio na última edição, quando foi anfitrião dos Jogos Olímpicos, tal qual a Espanha conseguiu.

Até lá, foi uma história de grandes dificuldades e decepções. A primeira participação brasileira foi em 1952, em Helsinque, na Finlândia. Porém, o Brasil sempre sofreu muito com a regra de só poder levar atletas amadores, enquanto enfrentava seleções da “cortina de ferro”, que tinham “amadores de fachada”.

Após essa regra cair, e passar a vigorar uma nova, de que só não poderiam ser convocados atletas que não tivessem disputado a Copa do Mundo, a seleção brasileira obteve suas primeiras medalhas, as pratas em Los Angeles, 1984, e Seul, 1988, quando perdeu para França e União Soviética, respectivamente.

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Aquelas derrotas colocaram a busca pelo ouro como uma “obsessão”, já que era o título que faltava para o futebol mais vitorioso do planeta. Porém, a trajetória foi de pedras no caminho. Em Atlanta, 1996, o Brasil, com Ronaldo, Rivaldo e Bebeto, entre outros, caiu nas semifinais para a Nigéria, de Kanu. O bronze veio com gosto amargo.

O Brasil só voltaria a ter uma medalha no peito em Pequim’08, após o fiasco em Sidney’00, quando foi eliminado por Camarões nas quartas, mesmo com dois jogadores a mais em campo, e sequer se classificou para Atenas, em 2004. Entretanto, o bronze também teve um gosto amargo, já que o Brasil foi eliminado nas semifinais após um passeio da Argentina, que com Messi e Di Maria em campo aplicou sonoros 3 a 0 na seleção comandada por Dunga.

Em 2012, nova decepção, desta vez em Londres. A equipe, que tinha nomes de peso, como Neymar e Oscar, não conseguiu fazer frente ao México na grande decisão do torneio e acabou ficando com a prata.

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